Profanar o sagrado universo!
- Poeta dos Jardins
- 16 de out. de 2022
- 2 min de leitura
O sagrado no segredo do amor é tudo que é possível pensar como fundamento, é mar calmo que me leva a um porto seguro.
"nada espero
e tudo quero
sou quem toca
sou quem dança
quem na orquestra desafino (João Ricardo e Apolinário)

O poeta as vezes ri quando quer chorar, e chora quando está feliz. Talvez a tristeza é que faz dele um boemio para acreditar na própria finitude da vida. Ou ainda um aniquilamento daquilo que é.
O poeta dá para si mesmo o instrumento limitado das coisas mais infantis, porque não é capaz de declarar para si a coragem e o erro. Tenta criar em linhas uma realidade que vive apenas na cabeça e no universo dos desejos descabidos.
Eis que é assim que as palavras surgem na cabeça de qualquer escritor. Como revoadas doidas de sentimentos que agradecem por não serem lidas, profanando o próprio sagrado, para serem selecionadas e outrora descartadas.
É que o poeta é um pouco cientista que se vê além da linha imaginária que separam as pessoas e as prendem em jaulas chamadas de nações. E escritores não tem nacionalidade, é um pertencente as estrelas, porque costumou a falar com elas, para não falar com todo hedonismo que existe em sua cabeça.
Eis os versos:
Um homem sonha com a vitória e ama suas conquistas como quem ouve e enxerga a história de forma original e verdadeira.
na hora de dizer adeus, as coisas do passado, levantamos nossas asa em um ato de liberdade e vida
gostar de viver não é um mal, mas sim uma utopia por entender o sentido da existência e o sentido de poder expressar e comunicar.
Portanto, o amor é cego mesmo!
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